Enterro da Gata ’17 | Entrevista a Os Quatro e Meia – informação exclusiva

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Depois da estreia em Guimarães para os estudantes minhotos, onde disseram que este era um público que vos diz muito por ser universitário, deixaram um desejo no ar de quererem cá voltar. Como é estar de volta?

Espetacular. Tão positivo que o São Pedro resolveu chorar (risos). Ontem o Salvador Sobral emocionou o país e temos aqui a recompensa de chegarmos e estar a chover, já é um ótimo presságio.

 

7 Originais, mais de 3000 seguidores e semanas inteiras cheias de concertos não vos faltam. Qual é o segredo?

Onze originais! (risos) Não são todas conhecidas, mas vão estar no nosso próximo álbum, a sair dia 30 de junho, com o nome “Pontos nos I’s”. O segredo está na boa relação entre os elementos do grupo.

 

Deram o nome de “Para a frente é que é Lisboa” à vossa digressão. Mas qual é verdadeiramente a vossa frente, até onde querem chegar?

Chegamos até onde nos quiserem levar. Não temos propriamente um horizonte definido, mas também não temos nenhuma barreira.

 

“Estes rapazes cantam em bom português”. “Da minha parte já ganharam um fã”. “Espero que tenham muito sucesso”. Isto são algumas opiniões que o público tem sobre vocês e sobre a vossa banda. O que significa isto para vocês?

Ficamos obviamente muito satisfeitos por todos os elogios que nos são feitos e também pelos novos amigos e fãs que vamos tendo. Cantar em português é uma opção e ficamos claramente satisfeitos por poder fazer música na nossa língua, bem como sermos reconhecidos por isso. Acreditamos no que fazemos e acreditamos que há gente que acredita em nós.

 

Um dos vossos segredos para o sucesso é o compromisso com a música portuguesa de qualidade. Têm em vista o lançamento de alguma música noutra língua ou serão uma banda só de musica portuguesa?

Para já, só música portuguesa.

 

Concertos não vos faltam e, onde quer que estejam, a festa é garantida. Podemos dizer que temos “copo cheio” (banda) para muito tempo?

Esperamos ver o copo já vazio no fim da festa (risos). Brindamos com toda a gente que se queira juntar a nós e procuramos fazer a festa mesmo sabendo que o nosso registo musical é um bocadinho mais sóbrio que aquilo que, por vezes, os estudantes estão habituados, mas não quer dizer que nos apresentemos da maneira mais divertida possível.

 

Em outubro deixaram o apelo para que os estudantes apoiassem a música portuguesa. Têm sentido esse apoio?

Sim, sentimos sempre esse apoio, não só de estudantes como do público em geral. Temos visto, felizmente, que há ainda muita gente que apoia a música portuguesa, e nós sentimos esse apoio. Hoje partilhamos o palco com o Miguel Araújo, um artista que canta quase exclusivamente em português, e que faz música portuguesa de altíssima qualidade, e que é um amigo e alguém que admiramos muito.

 

O que significa para vocês, enquanto artistas portugueses, a vitória de Salvador Sobral no festival da Eurovisão?

Histórico. Acima de tudo reconhecimento pela boa música que se faz por cá. Depois, parabenizar a Luísa e o Salvador Sobral pela interpretação e que o nosso país também faz coisas maravilhosas. Acrescentar, ainda, que eles acreditaram sempre no que estavam a fazer e toda a gente reconheceu isso. Pode ser até que sirva como “abre latas” para se descobrirem os imensos talentos e valorizar os músicos portugueses.

 

Agora que já conhecem melhor os estudantes minhotos, qual é a mensagem que lhes querem deixar?

Gostaríamos de cá voltar tão breve quanto possível, prevendo que hoje será uma grande festa. Somos sempre bem recebidos, e esperamos continuar a ser!

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