Receção ao Caloiro’18: Entrevista Bispo – "Queria muito vir aqui"

Receção ao Caloiro'18: Entrevista Bispo -

Bispo atuou na última noite da Receção ao Caloiro’18!
Depois do concerto, conversou connosco sobre a carreira, o seu novo single e o que sentiu ao subir ao palco do Multiusos.  

Quais eram as tuas expectativas para o concerto de hoje?
Eu estava com boas expectativas. Era a primeira vez que ia atuar no Multiusos de Guimarães. Foi o meu primeiro concerto em Guimarães e queria muito vir aqui. Foi aqui que começou Portugal e é um prazer trazer um pouco de Mem Martins aqui. Um sítio com tanto significado, que se aprende na escola. Quanto tu percebes onde começou Portugal e anos mais tarde vens aqui… Eu queria vir aqui, estava ansioso que chegasse o dia de hoje. E gostei! Gostei bastante. Acho que correspondeu às minhas expectativas. Estou numa vibe muito boa. Estou num momento bom. Desfrutei ao máximo e tentei que o people disfrutasse tanto ou mais do que eu.

Como está a correr o lançamento do teu novo single, Nós2?
Está a correr muito bem. O som não para de crescer. Cada vez ouço mais pessoas a cantar o som. Todos os dias recebo vídeos de people a cantá-lo e é muito bom. Ainda há bocado publiquei no Instagram o vídeo de uma menina bem novinha a cantar o Nós2, com as mãos no peito, a sentir a cena ao máximo. E isso arrepia-me a pele e o osso. Eu sabia que o single ia ser bem recebido. Tinha aquele feeling já antes de o lançar. Já o tinha gravado há muito tempo. Guardei-o mais de seis meses e, quando foi o momento, a gente lançou e está a superar as expectativas.

Porque é que esperaram seis meses para lançar o single? Por que é que agora “foi o momento” e não há seis meses atrás?
Eu gosto de fazer as cenas quando as sinto. Não gosto de fazer uma cena só porque a estou a fazer. Na altura, não senti que era o momento de lançar o som e ele também ainda não estava como eu queria. O som ficou. Eu fui namorando o som, fui conhecendo-o melhor e era um som que eu estava a ouvir como se não fosse meu. Foi uma relação boa que tive e quando senti que estava na hora de lançar, lancei. E está a correr muito bem, mesmo. Acho que vale sempre a pena a espera. Não tenho pressa. Já tenho vários sons gravados que podia já ter lançado. Acho que aquele som foi uma fase, uma vibe, e essa cena não vai passar, não vai morrer. Foi uma fase que eu escrevi, gravei, ficou ali. É intemporal. Hoje, acordo, apetece-me lançar isto e lanço. Vou continuar a trabalhar assim porque é assim que eu gosto de fazer as cenas: genuinamente. Quando sinto, faço.

Qual é a sensação de teres sido nomeado para os MTV Music Awards, na categoria de Best Portuguese Act?
Muito, muito gratificante. Não, se calhar não disse bem. Muito, muito, muito, muito, muito gratificante [risos]. É uma vitória já. Não estou à espera de ganhar para comemorar. Já comemorei e ainda estou a comemorar. Mal soube que estava nomeado, para mim, já foi… [pausa]. Um artista de hip hop estar nomeado para um prémio da MTV é muito bom, muito bom. E, independentemente de ganhar ou não, só estar ali é uma vitória que eu partilho com algumas pessoas. É uma vitória nossa. É isso que eu sinto: é uma vitória nossa. Sozinho podes ter muitos projetos, várias ideias mas é difícil aplicá-las. É muito difícil tu [sozinho] fazeres tudo. E por isso é que eu, em palco, agradeci às pessoas que estão comigo.

Das tuas músicas, qual é a que tem mais significado para ti?
Isso é uma pergunta difícil. Há um som que é o ‘Não choro’, de 2012. Esse, eu fiz para a minha mãe. É um daqueles sons intemporais. Se forem ouvir esse som, vão perceber que ele não está com muito boa qualidade. Eram as condições que tínhamos na altura. Mas é um som que não deixa de fazer sentido. Como esse, tenho vários, mas agora estou a adorar cantar o Nós2. Foi o último que eu lancei e ainda estou a namorar essa sensação. Estou a adorar o feedback que tenho tido e adoro quando entra o beat e vejo a reação das pessoas. Dá-me mais combustível, fico entusiasmado. Não sei porquê mas fico a rir à toa. Dá-me arrepios cada vez que o oiço. É como se fosse a primeira vez.

Que mensagem queres deixar aos estudantes do Minho?
Disfrutem! Disfrutem ao máximo desta nova fase da vida. Sejam responsáveis. Às vezes é para curtir mas pensem antes de agir. E sigam o vosso caminho passo a passo. Vai compensar sempre! Eu tenho vindo passo a passo e já cheguei até aqui, ao Multiusos de Guimarães, e agradeço à Associação Académica pelo convite. Mas aquilo que eu quero reforçar é: acreditem em vocês. Vão! Superem mais uma fase e, no final, será só mais uma passo. E, mal acabem um passo, pensem em dar o segundo. Nunca se sintam confortáveis só com o passo que deram.

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