Receção ao Caloiro’18: Entrevista Kalhambeke – "O público do Minho é especial"

Receção ao Caloiro'18: Entrevista Kalhambeke -

Na noite inaugural da Receção ao Caloiro 2018, os Kalhambeke conquistaram o Multiusos com a sua energia e vontade de fazer o público mexer.
No final do concerto, depois de tempo para recuperarem o fôlego, estivemos à conversa com eles.

O que acharam do público no concerto de hoje?
Como antigo aluno da Universidade do Minho, sinto a Receção de uma forma completamente diferente, isto é, de uma forma igual às pessoas que estão no público. O público do Minho é especial. Tem energia, entra na festa e faz a festa connosco. É sempre um prazer voltar a este palco e acolher os novos alunos, para lhes mostrar um bocadinho do espírito que se vive na Academia Minhota.

Há seis anos que atuam nos festivais académicos do Minho. Já se consideram “mobília” da casa?
Nós esperamos que um dia nos ponham como banda residente [risos]. Desde 2012 que somos presença assídua nos eventos da AAUM, e é uma parceria que tem resultado bem e penso que o público tem aderido muito, por isso é que temos repetido.

E como conseguem manter o público interessado após 6 anos?
Nós vamos compreendendo cada vez mais o público, porque nós estivemos no lado de lá. Nós fomos alunos do Minho, entramos como caloiros, seguimos o nosso percurso, mas também sonhávamos. Fomos a várias Receções e a vários Enterros da Gata como alunos e sonhávamos um dia subir ao palco. Achavamos que era quase inatingível na altura. Agora estamos presentes nestes grandes eventos e nunca o tomamos como um facto adquirido, pois sabemos o que é estar num palco como o do Minho e da responsabilidade que isso nos exige. Todos os anos tentamos renovar-nos e trazer sempre o melhor de nós, pois sabemos que é um público exigente e é o melhor público do país.

Que obstáculos ultrapassaram para chegar aqui?
Muitos. Na indústria musical, especialmente na nossa área, há muita oferta, há diversidade e muita qualidade. Por isso, temos de trabalhar todos os dias para trazer alguma coisa diferente.

Quais as vossas expectativas de futuro? 
A nossa expectativa é podermos continuar a fazer isto. É isto que gostamos de fazer. O nosso sonho de miúdos era chegar exatamente onde estamos agora e, depois de sair de espetáculos como o de hoje, com este público maravilhoso, sabemos que o sonho está cumprido. A partir de agora, tudo o que vier, temos de tomar como uma mais valia.

Têm saudades de ser caloiros da Universidade do Minho?
Temos saudades e acima de tudo, queremos que a AAUM nos continue a contactar, pois é com a Receção e com o Enterro que ainda sentimos um pouco da Academia. Para além de haver diversos encontros de antigos estudantes, são estes eventos que nos fazem reviver o nosso tempo universitário e encontrar malta antiga. Nós conhecemos o espírito do Minho. Nós fazemos vários eventos universitários, mas o Minho é especial, sentimos um carinho diferente.

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